terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


O mar, eu preciso do mar.



O cheiro a maresia a acalmar o meu coração, a dar-me força para caminhar em direcção ao sol, para encontrar o verdadeiro caminho.


Sinto vontade de caminhar com a água a bater-me nos pés, estremeço de frio, mas não me importo, sinto-me aliviada, sinto-me livre, sem problemas, sem ninguém a magoar-me.


Sinto-me presa no meu próprio mundo, no meu próprio pensamento, no meu próprio olhar.


Aqui junto ao mar sinto-me livre, segura, confiante, com certezas daquilo que sou capaz de fazer e dizer.


Já não sei o que pensar, mas o mar é o meu remédio, é ele que me cura desta angústia que me cobre todo o corpo e toda a minha alma.


O brilho do mar, a sua serenidade, as ondas a baterem nas rochas, é tão sereno, preciso de ir para junto do mar.


Porquê este sentimento?


Porquê esta saudade?


Entro no mar devagar, deixo que o meu corpo se habitue há água fria, vou caminhando em direcção ao horizonte, contudo paro quando a água me dá pela anca e fecho os olhos, ouço as ondas a encontrarem um caminho e encontrarem obstáculos.


Mergulho e sinto a água a percorrer-me o corpo a provocar-me arrepios, a mostra-me a sua beleza natural.


O mar, não posso viver sem o mar.

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