As palavras desaparecem conforme vou lendo o maior livro de sempre, o livro da vida. Doem-me os olhos após tanto ler, escorrem me lágrimas como se fosse um rio.
A saudade aumenta por saber que não tenho todas as pessoas importantes a meu lado, celebrando um momento tão importante.
Vejo o tempo a passar, as folhas a cair, os pássaros a emigrar, as flores a fecharem-se há espera de uma nova primavera, os peixes a nadarem em direcção à foz.
Percorro estradas, rios e percursos, como se fossem o caminho da vida, o caminho que percorri e que tenho de percorrer.
Fico atenta a olhar para o céu fixando as nuvens vendo-as viajar, brincar.
Num certo momento reparo que estou a reviver memórias há muito esquecidas, que em tempos como estes preenchiam o meu coração, reflectindo um sorriso como nunca antes visto.
Não planeava reviver estes momentos, já estavam esquecidos, como se nunca ninguém os tivesse vivido.
Contudo a vida tem altos e baixos, o livro da vida nem sempre tem boas palavras, ou seja, bons momentos.
Tenho de mudar de encontrar-me de saber quem eu sou, para construir um novo livro, constituído maioritariamente por bons momentos e aprender a gerir as lições que a vida nos dá.
A vida é o nosso maior professor.
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